15.1.23

Resenha: Kim Jiyoung, nascida em 1982



Não sei se vocês sabem, mas amoooo um k-drama ou dorama, como são mais conhecidas as séries sul-coreanas no Brasil, principalmente aqueles mais fofinhos, românticos, engraçadinhos e cheios de drama. Por isso, quando li a indicação da Lu Ferreira, sobre o livro Kim Jiyoung, nascida em 1982, para o Cloob do Livro no Instagram da Looy, resolvi que essa seria minha próxima leitura. 



O livro é o terceiro romance da escritora e ex-roteirista sul-coreana, Cho Nam-Joo, baseado em sua própria experiência ao largar sua vida profissional para se dedicar ao filho recém-nascido. Nem precisa dizer que o livro foi um sucesso, trazendo notoriedade aos debates sobre desigualdade e discriminação de gênero no país, sendo traduzido para 18 idiomas. No Brasil foi publicado pela editora Intrínseca.


Sabe quando você termina uma leitura e sente um desejo profundo de compartilhar com alguém??? Foi exatamente assim que me senti com o livro Kim Jiyoung, nascida em 1982. De cara me identifiquei com a personagem principal, temos a mesma idade, atuamos no marketing de uma organização, somos casadas com um cara do TI e nos tornamos mãe recentemente, porém, a diferença é que Jiyoung teve que abrir mão da sua carreira profissional para cuidar da filha em tempo integral. 




Pouco tempo depois, Jiyoung começa a apresentar sintomas estranhos, personificando vozes de outras mulheres conhecidas - vivas e mortas. Preocupado, seu esposo aconselha que procure um psiquiatra, assim, toda sua trajetória é contada ao médico.


A cada capítulo, a autora narra detalhadamente uma fase da vida de Jiyoung, ao todo são seis capítulos que vão do seu nascimento até à maternidade, descrevendo o papel da mulher sul-coreana, em uma sociedade ainda muito machista. Percebemos que as mulheres já nascem em desvantagem pelo simples fato de serem mulheres. 




Em diversos momentos, a autora traz informações e números reais, corroborando com as situações vivenciadas pela personagem. Tantas informações tornaram o livro bastante descritivo, o que pode deixar a leitura cansativa para alguns, no entanto, extremamente necessária. 


Percebi que mesmo sendo uma cultura totalmente diferente da nossa, os problemas enfrentados pela personagem, são bem semelhantes aos que enfrentamos por aqui. Ser mulher não é uma tarefa fácil, principalmente quando se é mãe.



Ah! Pesquisando sobre o livro descobri que o sucesso foi tanto que ganhou uma adaptação homônima para o cinema em 2019 e está disponível no Google Play. Trouxe o trailer legendado para vocês conferirem. 



Acho tão legal quando um livro que eu li ganha uma adaptação cinematográfica, ver aqueles personagens e cenários que idealizei tomando forma, sabe?! Ainda não assisti ao filme, mas pelo trailer pude perceber que é bem fiel ao livro. 



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